Florianópolis / SC - quinta-feira, 02 de maio de 2024

Cirurgia Polipose Nasal

 

Os pólipos nasais, também conhecidos no meio médico como polipose nasossinusal, são a manifestação de uma doença presente na população na ordem de 4%. Em se tratando de asmáticos, a prevalência desse problema sobe para 15% e, nas pessoas que exibem intolerância ao ácido acetil salicílico, os pólipos podem ser vistos em até 60% dos pacientes. São números expressivos, particularmente se considerarmos que podem ser bem maiores, tendo em vista que muitas pessoas que sofrem desta doença sequer sabem disso e portanto não procuram a ajuda médica.

 

Se fôssemos descrever a aparência dos pólipos, a imagem que mais se aproxima é a de uvas sem cascas, penduradas dentro do nariz. Estas massas quando crescem, geram problemas de obstrução, diminuição do olfato e tendência à rinossinusites de repetição.

 

Antigamente pensava-se que os pólipos eram a consequência de uma alergia muito forte. Esta suposição não é mais válida, na medida em que os estudos mostraram que a prevalência de alergia nos pacientes com polipose não era maior que a da população geral.

 

Sabemos até o momento que os pólipos são alterações secundárias a uma rinossinusite crônica, mas não sabemos ainda por que algumas pessoas passam grande parte da vida tendo rinossinusites crônicas sem o menor vestígio de pólipo, enquanto outras pessoas exibem pólipos ocupando quase a totalidade das cavidades nasais. Os passos mais recentes dados pelos pesquisadores têm ido em direção à constituição genética das pessoas como explicação para esta questão.

 

O diagnóstico clínico pode ser complementado com alguns exames, como a endoscopia nasal e a tomografia computadorizada,  e as opções de tratamento podem ser medicamentosas e até cirúrgicas.

 

O tratamento desta doença precisa ser individualizado, tendo o otorrino a missão de  encontrar o melhor caminho para cada caso.  Atualmente as cirurgias contam com a ajuda de tecnologias que favorecem a identificação mais detalhada dos locais a serem abordados, reduzem o tempo cirúrgico e o risco de sangramento transoperatório.